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Comunicação Estratégica

Comunicar para construir pontes e dialogar

A pandemia de Covid-19 impôs diversos desafios para enfrentar as desigualdades socioespaciais e ressaltou a urgência de combatê-las, mas mostrou também algumas ações e estratégias que deveriam ser repensadas. Com a realidade remota mostrando-se hegemônica, a área de Comunicação da Fundação Tide Setubal desenvolveu uma série de diálogos para promover debates e dar visibilidade aos desafios existentes nas periferias.

Essa lógica motivou a criação da série de oito lives Covid nas Periferias para promover o diálogo sobre educação, saúde, geração de renda, autocuidado, produção cultural e impactos sobre a população negra e as mulheres. O objetivo desses encontros foi promover a escuta das demandas das periferias urbanas, com destaque para desafios, ações e necessidades de apoio em meio à pandemia.

A abrangência geográfica é outro ponto a ser destacado sobre esses encontros online, que, somados, contabilizaram cerca de 5.400 visualizações até dezembro de 2020. Graças à preocupação de descentralizar e expandir para além do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, contamos com convidados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste para traçar um mapa de opiniões e realidades e, assim, compreender as diversas nuances e particularidades regionais país adentro.

Vozes democráticas

Em virtude do panorama enfrentado em 2020, foi necessário adaptar o Vozes Urbanas, marca de eventos da Fundação Tide Setubal que tem como objetivo provocar reflexão e ações de agentes da sociedade civil e de setores públicos a respeito de temas relevantes relacionados ao enfrentamento de desigualdades socioeconômicas, raciais e de gênero.

Três lives foram realizadas sob o chapéu do Vozes Urbanas. A primeira foi Do Emergencial ao Longo Prazo: Pensando a Cidade para Além da Pandemia, em abril de 2020, com a presença de Maria Alice Setubal, presidente do Conselho Curador da Fundação Tide Setubal; Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis e responsável pela Rede Nossa São Paulo e pelo Programa Cidades Sustentáveis; Evaniza Rodrigues, mestre em Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e atuante em movimentos populares de moradia; e Vagner de Alencar, cofundador e diretor de jornalismo da Agência Mural de Jornalismo das Periferias e autor do livro Cidade do Paraíso – Há Vida na Maior Favela de São Paulo.

A atividade seguinte foi Renda Básica: Resposta à Crise ou Direito Permanente?, que contou com a participação de Eduardo Suplicy, economista, professor universitário e vereador em São Paulo; Mariana Almeida, superintendente da Fundação Tide Setubal e professora do Insper no Programa Avançado em Gestão Pública; Ricardo Paes de Barros, doutor em Economia pela Universidade de Chicago e professor titular da Cátedra Instituto Ayrton Senna no Insper; e Samuel Pessôa, doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A atividade, que promoveu reflexões sobre a necessidade de aliar a promoção de bem-estar social com a realidade fiscal do país, foi mediada por Thiago Amparo, professor da FGV Direito SP, especialista em Direito Constitucional, Políticas Públicas e Empresariais de Diversidade e Antidiscriminação e colunista da Folha de S.Paulo.

A terceira live realizada sob o selo Vozes Urbanas foi relativa ao lançamento do projeto (Re)age SP – Virando o Jogo das Desigualdades na Cidade. A iniciativa, desenvolvida pela Rede Nossa São Paulo em parceria com a Fundação Tide Setubal, propõe a criação de visão de longo prazo – especificamente em 2030 – e aponta objetivos e metas a serem perseguidos considerando os desafios impostos pelas desigualdades existentes.