Transformar o território para melhorar a qualidade de vida
O desenvolvimento de todo e qualquer território passa por diferentes fatores e aspectos, entre os quais a parte urbanística tem papel fundamental. Ao levar essa premissa em consideração e seus pontos fundamentais para colocá-la em prática, como promover a atuação intersetorial e a participação de diversos atores, como empresas, poder público e comunidade, a área de Prática de Desenvolvimento Local da Fundação Tide Setubal desenvolveu um plano urbanístico que contemplava a execução de projetos para ser realizados em curto, médio e longo prazo.
O planejamento desenvolvido no início de 2020, feito em parceria com o colegiado do Plano de Bairro do Jardim Lapena, previa uma série de ações infraestruturais e de revitalização de espaços para o convívio dos moradores do local. Todavia, a pandemia de Covid-19 impôs desafios adicionais ao projeto, que precisou ser revisto para garantir o bem-estar da população.
Pacto por um território mais justo
Um dos fatores que permitiram colocar tais ações em prática foi o trabalho exercido por meio do Pacto pelas Cidades Justas, rede formada por 17 organizações da sociedade civil da qual estão à frente a Fundação Tide Setubal, o Arq.Futuro, plataforma de discussão sobre cidades vinculada à Beĩ Editora, e o Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IAB-SP).
O objetivo da iniciativa é desenvolver, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo (SMDU), uma série de intervenções para proporcionar evolução em indicadores de qualidade de vida por meio de ações para readequação e melhorias urbanísticas nesses mesmos territórios.
O projeto, que contempla o Jardim Lapena como um dos três territórios-piloto para implementação de tais obras, é desenvolvido dentro da Fundação por meio da integração entre a área de Prática de Desenvolvimento Local e o Programa de Cidades e Desenvolvimento Urbano, além do colegiado do Plano de Bairro. As ações abrangem um projeto urbanístico para seis ruas do território, a criação de três novos espaços de convivência e a construção de uma praça com espaço para a UBS do Jardim Lapena.
Exceto a praça, a ser construída por um mutirão do bairro, os projetos estão em fase de licitação na Prefeitura de São Paulo. A execução foi acordada com a população por meio de encontros online e de discussões em grupos no WhatsApp, sendo esse o formato adotado em virtude da pandemia causada pelo vírus Sars-CoV-2.
Uma das iniciativas realizadas contemplou a conclusão da obra de microdrenagem da Rua Roland Berigan, onde havia frequentes alagamentos, e foi resultado da participação popular em audiências públicas e de incidência no orçamento da Subprefeitura de São Miguel Paulista.
Outras obras abrangeram a construção de um ecoponto no bairro, o que ocorreu após articulação com a subprefeitura, Petrobras e o bairro União de Vila Nova, vizinho ao Lapena; e a requalificação da Praça Ermida, para torná-la um espaço de convívio dos moradores.